O gráfico mostra a redução nas emissões de CO2 ao longo de 2020 por setor. No início de abril, durante o pico da primeira onda do coronavírus fora da China e quando as restrições mais rigorosas estavam em vigor, as emissões de CO2 do transporte terrestre eram superiores a 11 megatoneladas (Mt) em comparação com 2019.
A quarentena, imposta em várias partes do mundo por conta da Covid-19, fez com que as emissões de dióxido de carbono fóssil diminuíssem em cerca de 2,4 bilhões de toneladas, em 2020, uma queda recorde, segundo o Projeto de Carbono Global do Future Earth. Essa e outras informações sobre o meio ambiente foram publicadas no Earth System Science Data por cientistas do programa.
Fonte: Daily Mail
Com o aumento do distanciamento social e a possibilidade de contaminação por Covid-19, a utilização do delivery tem aumentado de maneira sem precedentes. Com isso, menos carros passaram a circular nas ruas, pois a baixa probabilidade de contaminação, aliada às pequenas taxas de entrega, geraram um alto custo-benefício, e, assim, a emissão de gás carbônico (CO2) por transporte diminuiu rapidamente, não só no Brasil, mas em todo o mundo.
O iFood anunciou um plano ambicioso que pretende eliminar completamente as emissões de carbono da companhia, até 2025. Em um comunicado, a empresa afirmou que "irá contar com diversas iniciativas". Dentre elas, o investimento em veículos elétricos, pesquisa e desenvolvimento de embalagens sustentáveis e parcerias com cooperativas de reciclagem para ampliar sua capacidade produtiva e melhorar a renda dos cooperados. A ideia é "mensurar, reduzir e neutralizar" todas as emissões dos gases do efeito estufa.
A crise climática 2040 é a mais recente e alarmante previsão da ONU para o planeta, considerando os
efeitos do aquecimento global.
Relatório recente publicado pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) alerta
para os prováveis risco de uma crise climática sem precedentes.
De acordo com os cientistas, se as
emissões de gases causadores do efeito estufa se mantiverem no nível atual, a atmosfera vai aquecer
1,5ºC acima dos níveis pré-industriais, até 2040, e as consequências podem ser devastadoras para a
humanidade, incluindo aumento do nível do mar e
inundações de áreas costeiras, intensificação de secas, perda de habitats naturais e de espécies.
Isso impactará na saúde, segurança alimentar e crescimento econômico.
O aumento sem precedentes na
temperatura média do planeta demanda um gigantesco esforço conjunto para que seus impactos sejam
superados por meio de ações de mitigação – redução de emissões de gases causadores do efeito
estufa.
Relatório recente da Organização Meteorológica Mundial (OMM), braço da ONU para o clima, destaca que
o período entre 2015 e 2019 corresponde aos cinco anos mais quentes da história.
A semente da crise se relaciona com o processo de industrialização, o qual cientistas estipulam ter
iniciado por volta de 1850, com o aumento das emissões antrópicas (causada pelo homem) de gases
causadores do efeito estufa, especialmente o CO2. Sendo assim, a situação hoje é das mais
preocupantes.
Para se ter uma ideia melhor a respeito, ainda que os tratados ambientais começassem a ser cumpridos
à risca, as consequências do aquecimento global ainda seriam sentidas por anos. O IPCC estima que
30% do carbono emitido na atmosfera leva milhões de anos para dissipar na
atmosfera, 40% centenas de anos, e 30% até 30 anos. Ou seja, se a humanidade zerasse hoje as suas
emissões, a temperatura média do planeta continuaria a subir.
Importante dizer que o efeito estufa é um fenômeno natural e necessário para manter a temperatura da
terra em níveis habitáveis. O problema está na concentração de gases, emitidos por meio da
intervenção humana, o que origina o que se convencionou chamar de aquecimento global. Conforme o
tempo passa, esse acúmulo tende a aumentar, formando um “cobertor” que eleva as
temperaturas em escala global. A partir disso, temos toda uma série de desdobramentos e efeitos dos
mais catastróficos para a vida
na Terra, como a aceleração do derretimento das calotas polares e o aumento do nível do mar. Quanto
à previsão do IPCC da anunciada crise climática antes de 2040, o aumento do nível do mar em diversas
localidades vai provocar o desaparecimento de regiões costeiras, que serão inundadas
irremediavelmente.
Certamente, há diversos problemas ambientais a serem tratados, como a gestão dos resíduos sólidos
urbanos e a ausência de saneamento básico que leva à contaminação das águas dos mares, rios e
lagoas. Não por acaso, o problema demandou da Organização das Nações Unidas (ONU) a criação do
Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) em 1988.
Riscos e consequências com aquecimento acima de 1,5 grau Celsius de acordo com o relatório do
IPCC:
Segundo o físico Bill Hare, da Climate Analytics e autor de diversos estudos para o IPCC, o novo
relatório é um grande choque. De acordo com o cientista, ele traz dados desconhecidos pela
comunidade científica há poucos anos. Ou seja, é um estudo que pegou até mesmo os pesquisadores de
surpresa.
A conclusão mais alarmante a que se chegou é que, no atual ritmo de emissão de carbono, a
temperatura na Terra aumentará 1,5º até 2040. A novidade é que, antes, acreditava-se que a
catástrofe mundial só aconteceria se o aumento na
temperatura alcançasse os 2 graus. Contudo, ainda há tempo para evitar o pior.
Para os cientistas, é possível promover as modificações imprescindíveis para reverter a escalada do
aquecimento, pelo menos na parte técnica e prática. Ainda é possível minimizar a catástrofe
climática, mas mudanças rápidas e sem precedentes são
necessárias para limitar o aquecimento do planeta em 1,5 grau Celsius em relação ao período
pré-industrial.
Para evitar o catastrófico cenário, as emissões humanas de dióxido de carbono terão que cair 45% até
2030, em relação aos níveis de 2010, e zerar até 2050.
41 bi de toneladas de CO2 são emitidas no mundo anualmente. O relatório do IPCC estima um custo dos
danos prováveis de US$ 54 trilhões se a temperatura média
global aumentar acima de 1,5 até 2050.
Segundo o relatório do IPCC Special Report on Global Warming of 1.5 °C, é preciso implementar
urgentemente no mundo: